Após mais de 60 anos adormecido, ELIZA, o primeiro chatbot do mundo, voltou à vida. Uma equipe de historiadores de IA e cientistas da computação conseguiu executar novamente este precursor da IA ​​em seu sistema operacional original, abrindo uma janela para a história da computação.

Essa descoberta começou em 2021, quando pesquisadores encontraram o código original de ELIZA de Joseph Weizenbaum nos arquivos do MIT. Essa descoberta valiosa continha o script DOCTOR completo — o programa central que permitia que ELIZA imitasse as técnicas de psicoterapia rogeriana, que antes só existia em versões refeitas em linguagens de programação modernas.

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Fonte: Imagem gerada por IA, fornecida pelo Midjourney.

O processo de reviver ELIZA foi desafiador. A equipe teve que lidar com 2.600 linhas de código quase sem documentação e executar o programa em um emulador de computador IBM 7094. Durante o processo de restauração, os pesquisadores descobriram inesperadamente um "modo de ensino" anteriormente desconhecido, que permite aos usuários personalizar o comportamento de ELIZA inserindo "+". Para manter a autenticidade histórica, a equipe até manteve um defeito peculiar do programa original: ele trava ao encontrar números.

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O histórico chatbot ELIZA demonstra sua conversa única no sistema CTSS. A interação mostra a técnica de diálogo terapêutico típica, onde ELIZA recebe declarações do usuário e as retorna como perguntas.

O renascimento de ELIZA não é apenas um momento importante na história da computação, mas também leva a uma profunda reflexão sobre a natureza da IA ​​moderna. Ele levanta uma questão fundamental: a IA precisa replicar completamente o processo de pensamento humano para ser inteligente? Essa pergunta ainda é relevante na era dos grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT.

Os pesquisadores apontam que ELIZA foi o primeiro robô a incorporar o teste de Turing, abrindo caminho para a conversa entre humanos e máquinas. Hoje, esse conceito é mais inspirador do que nunca, no contexto do rápido desenvolvimento da IA. O código restaurado de ELIZA foi publicado no GitHub para que todos os interessados ​​em história da computação possam explorar esse legado tecnológico único.