Recentemente, funcionários da DeepMind, subsidiária do Google no Reino Unido, estão buscando ativamente formar um sindicato para combater a decisão da empresa de vender tecnologia de inteligência artificial para grupos militares e sua parceria com o governo israelense. Aproximadamente 300 funcionários da DeepMind em Londres já apresentaram sua inscrição ao sindicato de trabalhadores de telecomunicações do Reino Unido (CWU), na esperança de usar o poder do sindicato para mudar as estratégias comerciais da empresa.

O Google está impulsionando a DeepMind a buscar aplicações comerciais para sua tecnologia, um processo que gerou preocupações generalizadas entre os funcionários. Em fevereiro, o Google atualizou seu código de ética de IA, removendo uma cláusula anterior que prometia não desenvolver sistemas para armas, uma ação que causou insatisfação entre os funcionários. Esse compromisso remonta a 2018, quando o Google enfrentou protestos de funcionários por sua colaboração com os militares americanos no desenvolvimento de ferramentas de IA para drones, levando milhares de funcionários a renunciarem em protesto.

Na situação atual, Demis Hassabis, CEO da DeepMind, disse em um post de blog que empresas de tecnologia e governos devem trabalhar juntos para desenvolver sistemas de IA que "apoiem a segurança nacional". No entanto, muitos funcionários discordam e expressam preocupação com a relação da empresa com o Ministério da Defesa de Israel. O Google está assinando um acordo de computação em nuvem de US$ 1,2 bilhão com Israel, o que levou os funcionários a refletirem profundamente sobre o uso de sua tecnologia para fins militares.

Na semana passada, alguns funcionários realizaram um protesto na sede do Google na Califórnia contra os serviços prestados ao Ministério da Defesa de Israel, e há rumores de que o Google demitiu 28 funcionários que participaram do protesto. Um engenheiro mencionou que eles temem que a tecnologia da empresa seja usada no conflito na Faixa de Gaza e que essas tecnologias de IA de ponta não devem ser usadas na guerra.

Em maio do ano passado, funcionários da DeepMind enviaram uma carta aberta à administração da empresa exigindo o fim de todos os contratos militares e tiveram várias conversas com a administração, mas não chegaram a um consenso. Um porta-voz do Google disse que a empresa está comprometida com o desenvolvimento e implantação responsáveis ​​de tecnologia de IA e incentiva um diálogo aberto com os funcionários.

Atualmente, se os funcionários da DeepMind obtiverem o reconhecimento formal do sindicato, espera-se que eles busquem uma reunião com a administração para pressionar a empresa a fazer ajustes em seus contratos de defesa.

Destaques:

🌟 Funcionários da DeepMind no Reino Unido buscam formar um sindicato para protestar contra a parceria da empresa com grupos militares.

🤖 O Google removeu o compromisso de "não desenvolver IA para armas" de seu código de ética de IA, aumentando a oposição dos funcionários.

⚠️ Os funcionários temem que a tecnologia seja usada em conflitos militares, e cartas abertas e protestos já expressaram sua insatisfação.