Segundo relata o The Verge, a OpenAI está explorando diversas formas de aumentar sua receita, incluindo a possibilidade de introduzir anúncios no ChatGPT. Nick Turley, responsável pelo ChatGPT, disse em uma entrevista que ele "não descarta totalmente" essa opção, mas enfatizou que os anúncios devem ser "muito cuidadosos e com bom gosto", para garantir que não prejudiquem a experiência do usuário.
Turley destacou que a OpenAI pode adotar diferentes modelos de negócios para seus produtos distintos. "O ChatGPT pode não ser adequado para anúncios, pois precisa atender bem aos objetivos dos usuários, mas isso não significa que não vamos usar esse modelo em outros produtos." Ele também enfatizou que o modelo de assinatura ainda tem grande potencial de crescimento e existem muitas oportunidades ainda não exploradas.
Segundo um relato da Bloomberg em março, a OpenAI espera que as receitas com assinaturas atingirão 12,7 bilhões de dólares (cerca de 91,166 bilhões de yuans), mais do que triplicando as receitas de 3,7 bilhões de dólares em 2024. No entanto, a empresa ainda enfrenta déficit e espera somente em 2029 obter fluxo de caixa positivo. Atualmente, o número total de usuários do ChatGPT ultrapassou 700 milhões, sendo cerca de 20 milhões usuários com assinatura paga. Turley acredita que a grande base de usuários gratuitos não é uma carga, mas sim uma importante oportunidade para produtos pagos diferenciados.
Sobre o modelo de anúncios, o CEO da OpenAI, Sam Altman, mantém uma postura cautelosa. Durante uma conversa na Escola de Negócios de Harvard no ano passado, ele disse que combiná-los com inteligência artificial o deixava "inquieto" e que seria considerado apenas como "última alternativa". Mas em um programa de podcast em junho deste ano, ele complementou dizendo que "não é totalmente contra".
